Distúrbios da deglutição: causas, diagnóstico e tratamento
03/06/2024

Os distúrbios da deglutição, conhecidos como disfagia, são condições que afetam a capacidade de engolir alimentos, líquidos e até a própria saliva. E tudo isso pode trazer fortes impactos na vida de quem sofre disso. 

Mesmo parecendo simples, esse problema tem um impacto significativo na saúde e na qualidade de vida dos pacientes e é sobre isso que vamos falar hoje!

Aqui, você vai encontrar informações com causas, métodos de diagnóstico e opções de tratamento dos distúrbios da deglutição, tudo para te mostrar de forma compreensível e acessível detalhes dessa situação.

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O que gera esses distúrbios?

O mal funcionamento da deglutição pode ser resultado de várias condições subjacentes que afetam o complexo processo de engolir, que envolve dezenas pares de músculos e alguns nervos cranianos.

Entre as causas mais comuns, podemos falar de doenças neurológicas, como acidente vascular cerebral (AVC), doença de Parkinson e esclerose múltipla, que têm a chance de prejudicar a coordenação motora necessária para a deglutição.

Já condições estruturais, como tumores, estenoses (estreitamentos) e malformações do trato digestivo superior, também podem obstruir o fluxo normal dos alimentos. Enquanto isso, certos medicamentos são prováveis de efeitos colaterais que interferem na deglutição.

Vale lembrar também que o envelhecimento é outro fator que pode levar à perda de massa e função muscular, afetando a eficiência desse processo, afetando ainda mais a qualidade de vida de quem normalmente já está mais fragilizado.

Pescoço de mulher com suas mãos tocando

Chegando ao diagnóstico

Diagnosticar distúrbios da deglutição requer uma abordagem cuidadosa que inclui a avaliação clínica, o histórico médico detalhado e exames complementares. Entre os principais métodos diagnósticos estão:

  • Videodeglutograma, que é considerado padrão, um exame de imagem em tempo real que utiliza radiação para observar o trajeto dos alimentos desde a boca até o esôfago, identificando possíveis problemas;
  • Videoendoscopia da deglutição: consiste num exame realizado em consultório, no qual é feito uma laringoscopia flexivel ao mesmo tempo que o paciente alimenta-se.
  • Endoscopia digestiva alta, que permite a visualização direta do interior do esôfago e a coleta de biópsias para avaliar lesões da mucosa esofágica;
  • Manometria esofágica, com a função de medir as pressões dentro do esôfago para avaliar a motilidade esofágica e diagnosticar condições como a acalasia.

A partir de realizações de exames como esses, aliado a uma avaliação de especificidades do paciente através da consulta, é possível identificar a causa específica do caso e planejar um tratamento eficaz.

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As ações essenciais para o cuidado desses casos

Para tratar os distúrbios da deglutição, é preciso saber que há uma variedade de formas que vão conforme a causa subjacente e a gravidade dos sintomas. 

Alguns tratamentos mais conservadores podem ser indicados, como a terapia de reabilitação de deglutição e as alterações dietéticas.

Já os medicamentos podem ser prescritos para tratar condições subjacentes que contribuem para a disfagia, como a redução da acidez estomacal em casos de refluxo gastroesofágico.

As opções cirúrgicas também podem ocorrer, mas são determinadas em casos específicos, quando são realmente necessárias, como nos casos de dilatação esofágica ou para remoção de obstruções.

Idosa tomando remédio

Promovendo o bem de sua saúde

Compreender e tratar os distúrbios da deglutição é crucial para melhorar a sua qualidade de vida, por isso, se você ou alguém que conhece apresenta esses sintomas, procure ajuda médica para um diagnóstico precoce e tratamento adequado!

Com as abordagens certas e o comprometimento de um profissional adequado, é possível oferecer alívio e melhorar significativamente a capacidade de alimentação e nutrição.

Quer saber mais sobre esses assuntos? Continue acompanhando os meus artigos publicados por aqui e me siga no Instagram (@kallilfernandes_otorrino)!

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Kallil Fernandes

Médico otorrinolaringologista formado pela UFRN em 2015, com residência no Hospital Universitário Onofre Lopes entre 2016 e 2019.

Sou membro da Associação Brasileira de Otorrinolaringologia e Cirurgia Cérvico-Facial e atendo em Natal, Rio Grande do Norte.

A minha missão é cuidar da saúde dos seus sentidos: audição, olfato e paladar.