Perda auditiva na terceira idade: ouça os sinais, fique atento à sua saúde!
14/02/2024

A audição é um dos sentidos mais importantes para a comunicação, a interação social e a qualidade de vida. E com o avanço da idade, é comum que ocorra uma diminuição progressiva da capacidade auditiva, chamada de presbiacusia

Essa alteração pode afetar tanto as altas quanto as baixas frequências sonoras, dificultando a compreensão da fala, especialmente em ambientes ruidosos.

A perda auditiva na terceira idade pode trazer diversas consequências negativas para a saúde física, mental e emocional dos idosos. Vamos refletir sobre este tema? Continue lendo o artigo e saiba tudo!

Saiba quais são os principais problemas auditivos em idosos

Sintomas de perda auditiva na terceira idade

À medida que envelhecemos, é natural que ocorram mudanças em nossos corpos, e a audição não é exceção. A Organização Mundial da Saúde (OMS) estima que 34% das pessoas com perda auditiva têm mais de 65 anos.

A perda auditiva pode ter diversas causas, como o envelhecimento natural, a exposição a ruídos, infecções, traumas, doenças crônicas, medicamentos, entre outros. 

Um dos desafios mais comuns enfrentados pelos idosos é a presbiacusia, uma perda auditiva gradual que afeta principalmente a capacidade de ouvir sons agudos e que é comum a todos que envelhecem, porém em intensidades diferentes de acordo com a tendência genética de cada um. 

Entenda como a perda auditiva pode impactar na qualidade de vida

A perda auditiva na terceira idade pode ser causada por diversos fatores, como o envelhecimento natural do aparelho auditivo, a exposição prolongada a ruídos altos, as doenças crônicas, como diabetes e hipertensão, e a genética. 

Este problema pode ser classificado em diferentes graus, desde leve até profundo, e pode afetar um ou ambos os ouvidos. Confira as principais consequências:

  • Comunicação ruim: Idosos com perda auditiva enfrentam dificuldades em compreender conversas, especialmente em ambientes barulhentos ou durante chamadas telefônicas, resultando em frustração e mal-entendidos que prejudicam suas relações familiares, sociais e profissionais;
  • Baixa autoestima e isolamento social: A perda auditiva pode levar à baixa autoestima e ao isolamento social, pois os idosos se sentem inseguros e excluídos, evitando atividades sociais e eventos culturais, o que pode aumentar o risco de depressão, ansiedade e demência;
  • Enfraquecimento da saúde física e mental: Além de afetar a saúde física, aumentando o risco de quedas devido ao desequilíbrio, a perda auditiva também prejudica a saúde mental, diminuindo a estimulação cerebral e contribuindo para o declínio cognitivo, sendo associada a um maior risco de Alzheimer.
  • Produtividade nas tarefas e no trabalho: Idosos com perda auditiva enfrentam dificuldades em tarefas cotidianas, como compras e uso de eletrodomésticos, além de barreiras no ambiente de trabalho, como falta de comunicação e discriminação, o que pode impactar negativamente sua produtividade e oportunidades profissionais.

É possível prevenir esses problemas?

Prevenção da perda auditiva na terceira idade

As medidas preventivas para evitar ou retardar a perda auditiva na terceira idade são:

  • Proteger os ouvidos de ruídos altos: Ruídos intensos podem danificar as células ciliadas do ouvido, responsáveis pela transmissão dos sons ao cérebro. É essencial usar protetores auriculares e reduzir o volume de dispositivos sonoros, como televisão, rádio, celular ou fone de ouvido;
  • Controlar as doenças crônicas: Doenças como diabetes, hipertensão, colesterol alto e obesidade podem comprometer a circulação sanguínea e a oxigenação do ouvido, afetando a audição. Seguir tratamentos médicos, realizar exames regulares e adotar hábitos saudáveis, como a prática de exercícios físicos e alimentação equilibrada, são medidas importantes;
  • Evitar o uso de medicamentos ototóxicos: Certos medicamentos, incluindo antibióticos, anti-inflamatórios e diuréticos, podem ter efeitos prejudiciais sobre a audição, causando perda auditiva temporária ou permanente. Consultar um médico antes de utilizar qualquer medicamento e seguir as orientações de dosagem e duração do tratamento é fundamental;
  • Limpar os ouvidos com cuidado: O acúmulo excessivo de cera no ouvido pode obstruir o canal auditivo, dificultando a audição. Limpar os ouvidos com cuidado, utilizando um pano macio ou toalha úmida, e evitar o uso de objetos pontiagudos ou de algodão, que podem empurrar a cera para dentro ou causar lesões no ouvido, é essencial;
  • Fazer exames auditivos periódicos: Exames auditivos regulares permitem detectar precocemente a perda auditiva e iniciar o tratamento adequado. Recomenda-se realizar esses exames pelo menos uma vez por ano, ou sempre que houver sinais de alteração na audição, como dificuldade para ouvir e zumbido.

Nem sempre é possível prevenir a perda auditiva, mas é possível tratar e evitar complicações através do acompanhamento especializado. 

Por isso, diante dos sintomas, é fundamental consultar um otorrinolaringologista, especialista em doenças do ouvido, nariz e garganta

Ele pode avaliar a causa, o grau e o tipo da perda auditiva, e indicar o tratamento mais adequado, que pode incluir o uso de aparelhos auditivos, implantes cocleares ou outros dispositivos que ajudam a melhorar a audição. 

 Como é a consulta com um otorrinolaringologista? 

Por isso, não espere por desconfortos persistentes ou pelo agravamento de sintomas. Agende uma consulta preventiva, é assim que você pode ter cuidados especializados que contribuem significativamente para sua qualidade de vida.

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Kallil Fernandes

Médico otorrinolaringologista formado pela UFRN em 2015, com residência no Hospital Universitário Onofre Lopes entre 2016 e 2019.

Sou membro da Associação Brasileira de Otorrinolaringologia e Cirurgia Cérvico-Facial e atendo em Natal, Rio Grande do Norte.

A minha missão é cuidar da saúde dos seus sentidos: audição, olfato e paladar.