Quando você pensa em surdez, provavelmente logo te vem à mente a falta completa da audição, no entanto, o que muitos deixam passar são os diferentes níveis de surdez existentes, que são bem mais comuns do que o imaginado.
Para todo caso, a busca por informações precisas é crucial, pois é assim que pode ser promovida uma abordagem consciente e eficaz em relação à saúde auditiva e ao bem-estar completo.
Para te deixar mais por dentro desse assunto, aqui abordaremos os principais pontos relacionados à perda auditiva, desde os tipos e graus até o diagnóstico, tratamento e a influência na qualidade de vida. Segue a leitura!
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Os diferentes tipos e graus
A perda auditiva abrange diferentes tipos e graus, cada um afetando áreas específicas do sistema auditivo. Dessa forma, temos como os tipos principais a condutiva, a sensorioneural e a mista.
Condutiva
Afeta as orelhas externa e média, impedindo a condução eficaz do som.
Sensorioneural
Compromete a orelha interna e o nervo da audição, impactando a percepção e transmissão do som
Mista
Combina elementos condutivos e sensorioneurais, afetando ambas as partes do sistema auditivo.
Enquanto isso, os graus variam de leve até profundo, sendo associados a faixas específicas de decibéis. Confira essa demonstração abaixo de acordo com os decibéis (dB).
- Leve (20 < 35 dB): Causa dificuldades em locais ruidosos.
- Moderada (35 < 50 dB): Ouvir conversas, especialmente em ambientes ruidosos pode não ser tão fácil.
- Moderadamente severa (50 < 65 dB): A dificuldade está em participar de conversas, mesmo com voz elevada.
- Severa (65 < 80 dB): É necessário fazer grande esforço para ouvir em locais ruidosos e se comunicar.
- Profunda (80 < 95 dB): Dificuldade extrema em ouvir vozes em forte intensidade.
- Perda auditiva completa/Surdez (<95 dB): Incapacidade de ouvir conversas e sons ambientais.
O diagnóstico e os tratamentos
Para entender o que se passa nesses casos e chegar até o diagnóstico concreto da perda auditiva, é crucial fazer uma consulta a um otorrinolaringologista.
É esse o médico que, por meio de testes auditivos, exames físicos e histórico clínico, poderá estudar o caso e tomar as decisões mais adequadas. A partir dessa avaliação profissional, pode ser determinado o tipo e o grau da perda auditiva, o que irá direcionar o paciente ao tratamento adequado.
E quando a busca é pelas formas de tratar essa condição, existem diferentes opções, sempre dependentes especificamente do caso clínico. Entre elas, estão:
- Aparelhos auditivos: Utilizados para amplificar o som e melhorar a compreensão.
- Implantes cocleares: Indicados para casos mais severos, estimulam o nervo auditivo artificialmente.
- Terapia de reabilitação auditiva: Visa melhorar a capacidade de compreensão e adaptação.
- Procedimentos cirúrgicos: Necessários em casos específicos, como correção de deformidades ou obstruções.
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Adaptação e qualidade de vida
Quando o diagnóstico acontece, ao invés de só se conformar com a situação, as pessoas precisam ter em mente que a adaptação e a busca pelo bem-estar não devem ser abandonadas.
Isso porque adaptar-se a diferentes níveis de surdez influencia diretamente a qualidade de vida. Estratégias para melhorar a comunicação, como leitura labial e técnicas específicas, podem ser importantes aliadas nesse processo.
Tudo pode ser ainda mais potencializado se houver uma dedicação do paciente em buscar o seu melhor, visando sempre lidar com os desafios diários para promover uma vida plena e satisfatória mesmo com as dificuldades no caminho.
O cuidado nunca deve ser abandonado
Para evitar que casos cheguem aos graus mais graves, sempre vale se dedicar à prevenção de forma crucial. Isso pode ser alcançado através de práticas simples, como a proteção auditiva em ambientes ruidosos e avaliações auditivas regulares.
Incentivar essa conscientização desde cedo, ainda na infância, e promover a busca por cuidados profissionais também são passos essenciais para preservar a saúde auditiva!
Seja proativo quando o assunto é cuidar da sua audição e incentive outros a fazerem o mesmo, afinal, é criando um ambiente onde a perda auditiva não seja um obstáculo intransponível que é possível entendê-la, tratá-la ou preveni-la da melhor forma.
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