Diferentes Níveis de Surdez: entenda os tipos, graus e tratamentos
18/03/2024

Quando você pensa em surdez, provavelmente logo te vem à mente a falta completa da audição, no entanto, o que muitos deixam passar são os diferentes níveis de surdez existentes, que são bem mais comuns do que o imaginado.

Para todo caso, a busca por informações precisas é crucial, pois é assim que pode ser promovida uma abordagem consciente e eficaz em relação à saúde auditiva e ao bem-estar completo.

Para te deixar mais por dentro desse assunto, aqui abordaremos os principais pontos relacionados à perda auditiva, desde os tipos e graus até o diagnóstico, tratamento e a influência na qualidade de vida. Segue a leitura!

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Os diferentes tipos e graus

A perda auditiva abrange diferentes tipos e graus, cada um afetando áreas específicas do sistema auditivo. Dessa forma, temos como os tipos principais a condutiva, a sensorioneural e a mista.

Condutiva

Afeta as orelhas externa e média, impedindo a condução eficaz do som.

Sensorioneural

Compromete a orelha interna e o nervo da audição, impactando a percepção e transmissão do som

Mista

Combina elementos condutivos e sensorioneurais, afetando ambas as partes do sistema auditivo.

Enquanto isso, os graus variam de leve até profundo, sendo associados a faixas específicas de decibéis. Confira essa demonstração abaixo de acordo com os decibéis (dB).

  • Leve (20 < 35 dB): Causa dificuldades em locais ruidosos.
  • Moderada (35 < 50 dB): Ouvir conversas, especialmente em ambientes ruidosos pode não ser tão fácil.
  • Moderadamente severa (50 < 65 dB): A dificuldade está em participar de conversas, mesmo com voz elevada.
  • Severa (65 < 80 dB): É necessário fazer grande esforço para ouvir em locais ruidosos e se comunicar.
  • Profunda (80 < 95 dB): Dificuldade extrema em ouvir vozes em forte intensidade.
  • Perda auditiva completa/Surdez (<95 dB): Incapacidade de ouvir conversas e sons ambientais.

 

Homem com aparelho auditivo no ouvido

O diagnóstico e os tratamentos

Para entender o que se passa nesses casos e chegar até o diagnóstico concreto da perda auditiva, é crucial fazer uma consulta a um otorrinolaringologista.

É esse o médico que, por meio de testes auditivos, exames físicos e histórico clínico, poderá estudar o caso e tomar as decisões mais adequadas. A partir dessa avaliação profissional, pode ser determinado o tipo e o grau da perda auditiva, o que irá direcionar o paciente ao tratamento adequado.

E quando a busca é pelas formas de tratar essa condição, existem diferentes opções, sempre dependentes especificamente do caso clínico. Entre elas, estão:

  • Aparelhos auditivos: Utilizados para amplificar o som e melhorar a compreensão.
  • Implantes cocleares: Indicados para casos mais severos, estimulam o nervo auditivo artificialmente.
  • Terapia de reabilitação auditiva: Visa melhorar a capacidade de compreensão e adaptação.
  • Procedimentos cirúrgicos: Necessários em casos específicos, como correção de deformidades ou obstruções.

 

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Adaptação e qualidade de vida

Quando o diagnóstico acontece, ao invés de só se conformar com a situação, as pessoas precisam ter em mente que a adaptação e a busca pelo bem-estar não devem ser abandonadas.

Isso porque adaptar-se a diferentes níveis de surdez influencia diretamente a qualidade de vida. Estratégias para melhorar a comunicação, como leitura labial e técnicas específicas, podem ser importantes aliadas nesse processo.

Tudo pode ser ainda mais potencializado se houver uma dedicação do paciente em buscar o seu melhor, visando sempre lidar com os desafios diários para promover uma vida plena e satisfatória mesmo com as dificuldades no caminho.

Médica examinando ouvido de paciente

O cuidado nunca deve ser abandonado

Para evitar que casos cheguem aos graus mais graves, sempre vale se dedicar à prevenção de forma crucial. Isso pode ser alcançado através de práticas simples, como a proteção auditiva em ambientes ruidosos e avaliações auditivas regulares.

Incentivar essa conscientização desde cedo, ainda na infância, e promover a busca por cuidados profissionais também são passos essenciais para preservar a saúde auditiva!

Seja proativo quando o assunto é cuidar da sua audição e incentive outros a fazerem o mesmo, afinal, é criando um ambiente onde a perda auditiva não seja um obstáculo intransponível que é possível entendê-la, tratá-la ou preveni-la da melhor forma.

Quer saber mais sobre esses assuntos? Continue acompanhando os meus artigos publicados por aqui e me siga no Instagram (@kallilfernandes_otorrino)!

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Kallil Fernandes

Médico otorrinolaringologista formado pela UFRN em 2015, com residência no Hospital Universitário Onofre Lopes entre 2016 e 2019.

Sou membro da Associação Brasileira de Otorrinolaringologia e Cirurgia Cérvico-Facial e atendo em Natal, Rio Grande do Norte.

A minha missão é cuidar da saúde dos seus sentidos: audição, olfato e paladar.