Imaginar um mundo sem sons para quem ouve pode ser difícil, mas, para crianças com perda auditiva congênita, é uma realidade desde o nascimento.
Essa condição, que afeta diretamente o desenvolvimento da fala e da linguagem, revela a importância da necessidade de uma detecção precoce para garantir um crescimento saudável.
É pensando nisso que neste texto vamos explorar o que é a perda auditiva congênita, sua detecção e as opções de tratamento e intervenção. Continue a leitura!
Perda auditiva condutiva: compreenda as causas, sintomas e mais!
O que é a perda auditiva congênita?
A perda auditiva congênita é uma condição presente desde o nascimento, que compromete a capacidade de ouvir.
A perda pode ser unilateral (afetando um só ouvido) ou bilateral (afetando ambos), e sua severidade varia desde graus leves, onde alguns sons são percebidos, até a surdez profunda, em que quase nenhum som é ouvido.
No estudo desses casos, há o entendimento de que duas causas são mais comuns:
- Oriundas de fatores genéticos, quando há um histórico familiar de perda auditiva ou condições hereditárias, como a Síndrome de Usher ou Síndrome de Waardenburg.
- Advindas de complicações no nascimento, como prematuridade, falta de oxigenação ou infecções durante a gravidez, a exemplo rubéola ou toxoplasmose, que também podem contribuir para a perda auditiva congênita.
Detecção precoce e triagem neonatal
Identificar a perda auditiva congênita de forma antecipada é crucial para o desenvolvimento da criança, especialmente quando se trata da audição, que influencia diretamente o aprendizado da fala.
No Brasil, o teste da orelhinha é realizado ainda nos primeiros dias de vida e é uma ferramenta essencial para identificar problemas auditivos. Esse exame é rápido, indolor e feito antes da alta hospitalar, ajudando a iniciar intervenções logo no início.
Mas, calma, caso o bebê não passe no teste, não significa necessariamente que ele tenha perda auditiva permanente… Alguns fatores, como a presença de líquido amniótico no ouvido, podem interferir no resultado.
No entanto, é importante repetir o teste e, se necessário, realizar exames mais detalhados, como o potencial evocado auditivo.
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Intervenções e tratamentos disponíveis
Quando a perda auditiva congênita é diagnosticada, a intervenção imediata pode fazer toda a diferença no desenvolvimento da criança. As opções de tratamento variam conforme o grau da perda auditiva, e as principais incluem:
Aparelhos auditivos
Esses são indicados para perdas leves a moderadas, pois amplificam os sons e ajudam a criança a perceber melhor o ambiente ao redor.
Implantes cocleares
Destinados para casos de surdez profunda, essa opção permite estimular diretamente o nervo auditivo, restaurando parcialmente a audição.
Terapia da fala
Fundamental para o desenvolvimento da comunicação, a terapia fonoaudiológica ajuda a criança a aprender a falar, mesmo quando há dificuldades para ouvir.
Essas intervenções, quando realizadas cedo, podem garantir uma vida muito mais independente e integrada para a criança, melhorando sua qualidade de vida e suas interações sociais e acadêmicas.
Um impacto que merece cuidado
A perda auditiva congênita é uma condição que exige atenção e ação rápida, principalmente através de uma detecção precoce, que acontece na triagem neonatal e deve ser aliada a tratamentos adequados, como aparelhos auditivos ou implantes cocleares.
Se você é pai ou mãe, certifique-se de realizar os exames auditivos logo nos primeiros dias de vida do bebê e, se necessário, seguir as orientações médicas para garantir um futuro cheio de sons e descobertas!
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