Talvez você nem soubesse disso, mas ronco e apneia do sono não são a mesma coisa!
Embora ambos afetem o descanso e possam gerar desconforto, cada um tem características próprias e implicações distintas para a saúde.
Enquanto o ronco é mais conhecido por seu incômodo sonoro, a apneia do sono envolve interrupções na respiração e pode representar um risco sério.
Por isso, vamos explicar as diferenças entre esses dois problemas, os riscos que oferecem à saúde e como o otorrinolaringologista pode ajudar no diagnóstico e tratamento. Continue a leitura e descubra mais!
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As diferenças entre ronco e apneia do sono
Embora o ronco e a apneia possam ocorrer juntos, eles não são a mesma condição. Isso porque o ronco é o som causado pela vibração das vias aéreas devido à passagem dificultada do ar pela garganta e nariz.
Isso surge com mais frequência em pessoas que dormem de barriga para cima ou possuem problemas respiratórios, como desvio de septo.
Já a apneia do sono é um distúrbio mais grave, no qual a respiração é interrompida repetidamente durante a noite. Essas pausas respiratórias duram geralmente mais de 10 segundos e podem ocorrer várias vezes por hora.
Enquanto no ronco o ar passa com dificuldade, na apneia ele é completamente bloqueado em certos momentos, o que pode resultar em sufocamento, engasgos e despertares abruptos.
Efeitos proporcionados na saúde
Tanto o ronco quanto a apneia do sono afetam a qualidade do sono, mas as consequências da apneia tendem a ser mais severas. Quem sofre desse distúrbio muitas vezes acorda cansado, mesmo após horas de repouso.
Nessa situação, a falta de um sono profundo e contínuo pode impactar várias áreas da vida, como:
- Cansaço crônico, em que a pessoa passa o dia sonolenta, o que afeta o desempenho no trabalho e nas atividades cotidianas;
- Problemas cardiovasculares, pois a apneia do sono aumenta o risco de hipertensão, arritmias e doenças cardíacas;
- Diabetes e ganho de peso, já que pode interferir na regulação do metabolismo, contribuindo para a resistência à insulina e o acúmulo de gordura;
- Saúde mental, em decorrência do sono ruim, que favorece quadros de irritabilidade, ansiedade e depressão, além de prejudicar a concentração e a memória.
Apneia do sono: como tratar e recuperar o sono de qualidade
Diagnóstico e tratamento
Se você sofre com esses problemas respiratórios durante o sono, saiba que o otorrinolaringologista é o especialista indicado para ajudar você!
Através de exames clínicos e da polissonografia – um teste que monitora os sinais vitais durante o sono – o otorrino pode identificar a gravidade da apneia e o tipo de tratamento necessário.
E, nesses casos, os tratamentos podem variar de acordo com a causa e a intensidade dos sintomas. Por exemplo, os aparelhos de pressão positiva contínua (CPAP) são indicados para casos moderados a graves, pois mantêm as vias aéreas abertas durante o sono.
Já os aparelhos intraorais são moldados para cada paciente e ajudam a posicionar a mandíbula e a língua, facilitando a passagem do ar. Cirurgias também podem ser recomendadas para corrigir problemas estruturais, como o desvio de septo ou o aumento das amígdalas e adenóides.
Para finalizar, as mudanças no estilo de vida, como perder peso, evitar álcool e cigarro e mudar a posição de dormir também podem reduzir esses sintomas.
Portanto, se você ou alguém próximo apresenta roncos intensos e frequentes, ou sinais como cansaço excessivo e engasgos noturnos, é fundamental buscar a ajuda de um otorrinolaringologista, ok?!
O diagnóstico precoce e o tratamento adequado são essenciais para evitar complicações mais graves e garantir uma vida saudável e plena.
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